'Dizer e não pedir segredo" é um projeto do Teatro Kunyn sobre a homossexualidade masculina no Brasil sob uma perspectiva histórico-social que compreende uma peça de teatro e um blog aberto ao público em geral para discutir a questão de gênero no Brasil. 'Dizer e não pedir segredo' tem apoio do Programa de Ação Cultural a projetos com temática LGBT do estado de São Paulo. O Teatro Kunyn é formado pelos artistas Luiz Gustavo Jahjah, Luiz Fernando Marques, Paulo Arcuri e Ronaldo Serruya.
Quem sou eu
- teatro kunyn
- o Teatro Kunyn nasceu do encontro entre os atores Ronaldo Serruya, Paulo Arcuri, Ivan Kraut e Luiz Gustavo Jahjah e do diretor Luiz Fernando Marques para realizar uma pesquisa sobre a questão de gênero no Brasil. Dessa pesquisa nasce o espetáculo "Dizer e não pedir segredo' que fala da homossexualidade masculina no Brasil sob uma perspectiva histórico-social. A peça é feita em espaço alternativo em salas de prédios históricos ou em salas de apartamentos, com os donos da casa responsabilizando-se pela formação da pláteia. Uma peça intimista e emocionante que fala, sobretudo, da condição humana.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Dizer e não pedir segredo na Bahia
O espetáculo "dizer e não pedir segredo"do Teatro Kunyn apresenta-se nos dias 25, 26 e 27 de maio na Bahia. No dia 25 faremos uma apresentação em Alagoinhas, na UAIP (Universidade da Terceira Idade) às 20hs e nos dias 26 e 27 de maio apresentações em Salvador, na CASA PRETA, sempre às 20hs. Apareçam
Oficina de teatro "Meus delírios, meus delitos (reflexões sobre ambiguidades e travestimentos) no teatro Vila Velha em Salvador
Inventar palavras, quebrá-las, recompô-las,
ajustar-me digno diante de tanta ferida.
Hilda Hilst, in Rutilo Nada
As oficinas propostas dentro desta circulação
desenham-se completamente comprometidas com a ideia de troca de procedimentos
entre os coletivos. Estes responsabilizam-se pela seleção dos integrantes, e
elas acontecem em suas sedes ou entornos de seus locais de trabalho e a própria
estrutura da oficina, suas dinâmicas e suas provocações levam em conta este
hibridismo. A natureza destes coletivos definem os rumos daquilo que será
criado nos trabalhos com os atores-oficineiros. Assim, o intercâmbio para a
realização das oficinas será feito com os seguintes coletivos teatrais: o grupo
Magiluth
para a oficina no Recife, Teatro da Queda para Salvador e Fábrica
de travestis para Fortaleza.
Com isso, o que levamos na bagagem não é uma forma
pré-estabelecida do nosso teatro e muito menos uma aula de pedagogia teatral,
mas sim os mesmos anseios que nos movem e as mesmas perguntas que nos fazemos
em nossos processos criativos e nos trabalhos que criamos... as mesmas
perguntas sem respostas... a diferença é que as queremos levar mais longe, e
compartilhá-las com mais gente para que
quem saiba assim elas ganhem força.
Dessa maneira, a proposta da Oficina “Meus delírios,
meus delitos” é ser uma vivência prática, calcada nos pilares do fazer
colaborativo e do ator-dramaturgo.
A ideia de contaminação presente no processo
colaborativo da construção do espetáculo dizer
e não pedir segredo do teatro kunyn, configura-se essencial
como procedimento nesta oficina, estimulando entre os participantes a
elaboração de uma dramaturgia que nasce e parte do ator.
Tendo como base e ponto de partida o livro ‘Devassos no Paraíso, a homossexualidade no
Brasil, da colônia à atualidade’, do escritor João Silvério Trevisan, que
analisa e reflete a questão de gênero sob uma perspectiva histórico-social ao
traçar um paralelo entre o que seria uma identidade gay e uma identidade de
país, a oficina também se utilizará de um sem número de referências para
construir sua matéria-prima: das artes plásticas à literatura, passando pelo
cinema, relatos documentais, pesquisas históricas e entrevistas. Tudo serve de
substrato para que os atores pesquisadores adentrem o tema proposto,
desenvolvam opções de cenas, escolham personagens, determinem conflitos,
trajetórias, que aos poucos vão evoluindo de esqueletos de dramaturgia até se
tornarem estruturas dramatúrgicas um pouco mais sofisticadas.
Dar voz a personagens históricos e/ou literários que
de alguma maneira vivenciaram a difícil tarefa de ser ou declarar-se
homossexual no Brasil significa problematizar e refletir através dessa oficina,
os padrões sociais e culturais que se propagam e se perpetuam dentro de nossa
sociedade. Falar de uma possível identidade homossexual nada mais é do que
problematizar o que seria, sobretudo, uma identidade brasileira.
Os participantes debruçam-se sobre o material e criam a
partir deles o seu depoimento que se reflete, principalmente, na sua vivência
artística e de cidadão, passando pela sua atuação direta diante do material
pesquisado, seja pela apropriação e pela transformação.
A
ambição é, portanto, reproduzir esses mecanismos de apropriação e descobrir os
instrumentos com os quais os atores, através de uma série de dinâmicas e
improvisações, irão construir o seu discurso cênico, a sua lógica textual, a
sua pulsação e por fim, a sua dramaturgia.
A oficina
será gratuita, oferecida a 10 participantes que serão selecionados pelos grupos
teatrais locais e terá uma carga horária de 24 horas, sendo dividida em dois
módulos. O primeiro acontece em três encontros de 04 horas cada, onde através
de dinâmicas integracionais, provocações e reflexões, adentraremos o tema
proposto. Ao final deste módulo cada integrante terá uma semana para a
construção de célula cênica sobre a questão de gênero onde o mote da cena será
a ideia de ambiguidade e travestimento.
No segundo
módulo, que também se dá em outros três encontros de 04 horas, as células
cênicas serão trabalhadas, sofisticadas e experimentadas in loco. Como finalização, estas cenas apresentam-se antes do
espetáculo dizer e não pedir segredo
nas cidades onde as oficinas ocorrem. Dessa maneira acreditamos fazer um
verdadeiro intercâmbio entre a pesquisa que originou a peça e a oficina
proposta como contrapartida, fazendo com que estas fronteiras se misturem, se
confundam e se recriem.
Circulação Myriam Muniz (FUNARTE)
O Teatro Kunyn, através do prêmio Myriam Muniz de Circulação Nacional de espetáculos teatrais da FUNARTE, apresenta o espetáculo "Dizer e não pedir segredo"nos seguintes estados brasileiros:
maio/ 2012: Bahia
julho/ 2012: Acre
outubro/ 2012: Pernambuco
maio/ 2012: Bahia
julho/ 2012: Acre
outubro/ 2012: Pernambuco
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